Quando solicitar internação para seu familiar
Quando solicitar internação para um familiar: sinais de risco e próximos passos
Um guia direto para reconhecer perigo, evitar brigas que pioram tudo e agir com segurança.
Sinais práticos de que a situaão pode exigir internação
Risco físico real
Overdoses, desmaios frequentes, direção sob efeito, quedas, brigas, ferimentos, intoxicação repetida e mistura de substâncias.
Agressividade, ameaças ou descontrole
Ameaças, agressões, paranoia, surtos, comportamento imprevisível e medo constante dentro de casa.
Perda total de autonomia
Não consegue manter higiene, alimentação, sono, trabalho e compromissos. Some por dias, vende coisas, acumula dívidas e mente compulsivamente.
Recaídas constantes e falha de alternativas
Tentou tratamento ambulatorial, promessas, acordos e “última chance” várias vezes, e o quadro só piora.
O que NÃO fazer (porque piora)
- Não faça humilhação: vergonha vira fuga e mentira.
- Não entre em discussão quando a pessoa está alterada: espere o momento de lucidez.
- Não “ameaçe internação”: isso vira resistência e sumiço.
- Não tente resolver sozinho: família esgota, adoece e perde estratégia.
Próximos passos (do jeito mais seguro)
1) Organize um “mapa” do problema
Anote episódios com data aproximada: recaídas, agressões, sumiços, intoxicação, prejuízos financeiros, crises e tentativas de parar.
2) Busque uma avaliação profissional
Uma triagem bem feita define risco, necessidade e o tipo de cuidado. Muitas vezes o caminho certo aparece ali.
3) Combine limites e proteção da família
Defina limites claros: dinheiro, casa, regras e consequências. Apoio sem limite vira permissividade.
4) Planeje o “depois”
Alta sem continuidade vira recaída. Já deixe organizado acompanhamento, rotina, rede de apoio e prevenção de recaídas.
Perguntas frequentes
Internação é castigo”?
Não. Deve ser cuidado e proteão, com plano terapêutico e objetivo de estabilizar e reconstruir rotina.
Se a pessoa no quiser, acabou?
Não necessariamente. Em risco grave, pode haver alternativas. O primeiro passo é avaliaão para decidir com segurança.
Como falar sem brigar?
Fale em momento de lucidez, com frases curtas, sem acusar, focando em fatos e riscos. E leve uma proposta clara de avaliação.