Alcoolismo: sinais, fases e quando o consumo deixa de ser “social”

Sem julgamento: como identificar, o que piora com o tempo e por que o tratamento precisa de continuidade.

O alcoolismo não começa “do nada”. Normalmente ele cresce em silêncio: a dose aumenta, a tolerância sobe, e a pessoa passa a depender do álcool para dormir, relaxar, socializar ou “aguentar o dia”.

Sinais de que passou do limite

Perda de controle (o principal)

Quando a pessoa promete que vai reduzir/parar e não consegue manter. O álcool começa a “mandar” na rotina.

Tolerância e escalada de dose

Precisa beber mais para sentir o mesmo efeito. Isso aumenta risco de intoxicação, brigas, acidentes e prejuízo no trabalho/família.

Abstinência (mal-estar quando fica sem)

Irritabilidade, tremores, ansiedade, insônia, suores, palpitação e “urgência” em beber para aliviar.

Mentiras, escondidas e conflitos

Esconder bebida, sumiços, agressividade, vergonha e ruptura de vínculos são sinais clássicos de agravamento.

O que o álcool costuma destruir (com o tempo)

  • Saúde: sono, humor, memria, fígado, estômago, presso, risco de quedas e acidentes.
  • Família: desconfiança, brigas, desgaste emocional e instabilidade.
  • Trabalho: atrasos, faltas, queda de rendimento e perdas financeiras.
  • Emoções: ansiedade e depressão podem piorar, criando o ciclo “bebo para aliviar e depois fico pior”.

Caminhos de tratamento que fazem diferença

1) Avaliação e plano individual

Tratamento bom no é “receita pronta”. Começa entendendo histórico, riscos, recaídas e rede de apoio.

2) Estabilização e rotina

Organizar sono, alimentação, rotina e reduzir gatilhos. Quando há abstinência importante, precisa ser acompanhado.

3) Terapia e prevenção de recaídas

Trabalhar emoções, impulsos, gatilhos e estratégias práticas. Sem isso, a pessoa volta para o mesmo cenário e recai.

4) Continuidade (o “depois”)

Alta sem acompanhamento costuma virar recaída. O pós-tratamento é parte do tratamento.

Família: apoio sem permissividade

Apoiar não é “passar pano”. Ajudar é ter postura firme, limites claros e buscar orientação. Muitas recaídas acontecem quando a família tenta resolver só com briga ou só com pena.

Perguntas frequentes

Beber todo dia é alcoolismo?

Não é só frequência. O principal é perda de controle e prejuízos. Mas beber diariamente aumenta risco e merece avaliação.

“Parar sozinho” é sempre seguro?

Nem sempre. Em consumo pesado, abstinência pode ter risco. O ideal é avaliação profissional.

Quando considerar internação?

Quando há risco grave, recaídas constantes, agressividade, incapacidade de manter cuidados básicos ou quando outras estratégias falharam.

↑ Voltar ao topo